Coquetel, cocktail Molotv ou Molotof - Mistura explosiva


Ao que consta Estaline gostava de estatísticas. A ele se deve a célebre frase "A morte de um homem é uma tragédia, um milhão é uma estatística". Por outro lado tinha um feitio um pouco estranho: não gostava quando as estatísticas eram más. Que o diga o responsável pelo departamento de estatística russo. Quando informou Estaline várias vezes de que o número de crianças no país estava a diminuir, fazendo com  que a razão adultos/crianças estivesse em valores bastante elevados Estaline mandou-o matar com o objetivo primeiro de melhorar esta razão. Quem trabalhava com  Estaline nunca estava verdadeiramente em paz. Uma das suas frases prediletas era: "Se isto falhar você vai ficar uma cabeça mais baixo".  Sendo um homem mau Estaline escolhia os seus colaboradores por competência mas depois conseguia torná-los maus, prendendo os seus familiares mais próximos. As acusações não eram nada elaboradas. Quando se abriram os arquivos verificou-se que, as acusações, referiam reuniões entre pessoas em determinado hotel que havia sido demolido vários anos antes, ou conversas entre duas pessoas uma das quais tinha morrido alguns anos atrás ou até colocar areia no sistema de conservas russo. Assim, Estaline procurava ministros competentes e depois manobrava-os à sua vontade. Está nesta lista Molotov. Este politico prometeu que a Rússia nunca invadiria a Finlândia. Estava tão convencido disto que prometeu até que se a Rússia alguma vez invadisse a Finlândia seria com pães. Claro que, porque Estaline quis, a Rússia invadiu mesmo a Finlândia. Os Finlandeses apanhados desprevenidos não estavam muito bem armados e fizeram uma arma rudimentar com combustível, uma garrafa e uma mecha. É curioso que esta arma teve bastante sucesso e conseguiu infligir alguns danos aos russos. Por graça- nem durante a guerra se perde o humor-, os finlandeses chamavam pães molotov às bombas russas e, como a sua arma era liquida, chamaram-lhe coqueteil (cocktail) molotov. Daqui a origem do nome desta arma muito usada ainda nos dias de hoje. Para fechar este artigo que começou com estatísticas lembramos Américo Thomaz. Durante o exôdo dos portugueses, durante os anos sessenta, este mandou repetir os estudos de uma estatística que mostrava o número de portugueses que tinham emigrado (fugido, seria melhor termo) para França. Segundo ele continuava "a ver tanta gente na rua que os números não deviam estar corretos". Mais recentemente Passos Coelho não entrou em estatísticas mas referiu-se ao desemprego como uma oportunidade. Deve estar nesta altura felicíssimo com a  oportunidade que o país lhe deu. 

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